segunda-feira, 29 de junho de 2015

BELEZAS DA TERRINHA


PAISAGEM SANJOANENSE.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM RECONHECE ESSA CASA MARAVILHOSA AÍ ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - A localização, dois acertaram: Hélcio Velasco e Maria da Penha Santiago disseram: Rua Nazareth. Mas foi a Jussara Magalhães Kobayashi que deu a resposta completa: "residência da querida família do saudoso Sr. Niquinha Knop, antiga Rua do Sapo".

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


ONDE FICA ESSA CASA ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Reconheceram a paisagem da Rua Dr. Gouvêa: Sonira Moraes de Araújo Laroca, Rita de Cássia Campos, Maninho Sanábio, Ana Maria Fam Fonseca, Roger de Oliveira Barbosa, Evanise Rezende, Angélica Girardi, Rita de Cássia Falcão Marques, Jussara Andrade, Maíza Knop, Hélcio Velasco, Dodora Barbosa Cúrcio, Milla Gomes, Oneida Gruppi, João Bosco Tôrres, Sônia Maria Itaborahy e Ilka Matta Gruppi.

Foto: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 26 de junho de 2015

SOCORRO, EU NÃO QUERO SER SALVO !!!


Sei que, para muitos, isto deve parecer uma besteira, mas, para mim, domingo é um dia sagrado. Quando eu era criança, era o dia de irmos à Missa das Crianças, com o Padre Jacy, na Igreja do Rosário. Depois, o tempo passou, o padre casou, mas guardo a manhã de domingo como um momento especial para curtir a família, cochilar até mais tarde ou, simplesmente, nada fazer.

Por isso, não é sem uma certa irritação que vou atender ao interfone que, também religiosamente, costuma tocar por volta das nove horas. E não dá outra: ou é alguma seita evangélica querendo me salvar pela palavra, ou são alguns jovens do grupo espírita querendo me salvar pela caridade.

Entre o impulso de ser cordial (e ficar ouvindo aquele lero-lero na minha sagrada manhã de domingo) ou ser grosso (e ficar sentindo culpa o resto do dia), resolvo ser assertivo: pessoas, por favor, eu NÃO quero ser salvo!

Mas, parece que não adianta. Nos dias atuais, o que mais tem por aí são salvadores. Um grupo me convida para ser salvo do pecado, outro para ser salvo dos adoradores de imagens, outro (acreditem se quiser) do comunismo, e até o flanelinha quer salvar meu carro de ser vandalizado (por ele mesmo).

E no Facebook a coisa não é diferente: dizem que só Jesus salva, que só a humildade salva, que só o amor salva e que só uma dieta rica em fibras salva.

Que ninguém venha me salvar quando eu gritar, mas, SOCORRO!!!

Gente, me salvem dos salvadores, me protejam das fórmulas mágicas de salvação, me guardem das instituições que, por módica quantia (ou nem tanto) me levam para a salvação eterna.

Será que ninguém consegue entender que, mais que ser salvo, o que eu quero mesmo é ser LIVRE?

Livre do proselitismo, da conversa fiada, do moralismo fácil, dos bons conselhos, dos psicologismos, dos achismos e das declarações oficiais.

Quando eu era criança, eu ouvia o padre mas jogava pedra. Agora que estou velho não quero mais jogar pedra (em ninguém), mas também não quero ouvir o padre. Não quero manchar a virtude, mas também não quero trair o desejo. Não vou abrir minha porta aos demônios, mas, certamente, não vou atender a campainha insistente, e chata, dos anjos.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 24 de junho de 2015

CENÁRIO


Tenho vivido com a nítida sensação de que tudo vai, aos poucos, se desfazendo. Como se um imenso e mágico cenário, que teria sido montado no palco de nossa infância e juventude, fosse aos poucos sendo desmontado.

Desmontado a cada ÁRVORE que morre ou que é sacrificada.
Desmontado quando um ENTE querido vai embora.
Desmontado a cada NASCENTE que seca.
Desmontado no puro AR ou no precioso SILÊNCIO que em poluição se transforma.

Desmontado a cada CASARÃO que tomba ou que simplesmente é jogado ao chão.
Desmontado a cada AMIGO que parte, levando de nós um pedaçinho da canção.           

E tudo vai se desfazendo.
As luzes se apagando,
As cortinas se fechando,
Até que um belo dia
Teremos que, também, sair de cena.

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 22 de junho de 2015

BELEZAS DA TERRINHA


SUBINDO A AVENIDA!

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM SABE ALGUMA HISTÓRIA SOBRE ESSA BELA CASA ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - assim que publicamos, Evanise Rezende reconheceu uma das "famosas" casas da Fábrica (Santa Martha), Marcelo Oliveira disse que é a "casa do sr. Carlos da fábrica de tecidos".

Itamar Bovoy lembrou que é a "casa dos antigos proprietários da Fábrica de Tecidos Sarmento; na parte dos fundos, tem um piscinão. Grande. E profundo". E a Rita Knop Messias contou sua experiência dentro da casa: é a "casa onde morou 'seu' Genaro, não tem como errar: aí passei boa parte da minha infância, brincando com as meninas. Tenho fotos dos niver de Selma e Bety, tem umas que estou menor do que a mesa, rs, bons tempos!"

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE AÍ ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Reconheceram o belo painel com a imagem de São Vicente de Paulo na sede da S.S.V.P. na Rua Cônego Reis: Ana Maria Fam Fonseca, Aline Costa, Ilka Matta Gruppi, Camilo Pontes, João Bosco Torres, Rita Gouvêa Knop, Marcelo Oliveira, Rita Mirim, Helcio Velasco, Evanise Rezende, Júlia de Lourdes e Dodora Barbosa Curcio.

Foto: Serjão Missiagga

sexta-feira, 19 de junho de 2015

O AMOR NÃO É LÁ ESSAS COISAS...


Ouvi essa frase aí, dita pelo meu Gerente de Relacionamento, enquanto examinava uma melhor taxa de juros para um empréstimo. Antigamente, ele (não esse novinho aí) orientava os meus investimentos, hoje os aposentados só falam em empréstimos!

Pois bem, ao falar alguma coisa sobre amor a não sei o quê, ele lascou esta:
- O amor não é lá essas coisas!

Dita por moço bem jovem, menos de trinta anos talvez, a frase me assustou porque sempre fui ensinado que amor era tudo: vida é amor, Deus é amor, amor ao trabalho, amor à família, amor à pátria. Mas, por trás da telinha de seu monitor de LED, ele começou seu discurso:

- “Veja bem, meu senhor, no seu tempo talvez o amor tivesse alguma significação, pois, como as mulheres não podiam corresponder completamente aos desejos masculinos, o sujeito ficava apaixonado, não porque o amor fosse sublime e coisa e tal, mas por causa da falta.

Aí, as pessoas se casavam, o que eu acho normal para “aquela” época (me senti com uns duzentos anos!), pois, naquele tempo, as pessoas morriam aos quarenta e cinco, ou cinquenta anos. Então, não era amor, pois as pessoas viviam juntas, no máximo, uns quinze anos.

Eu, por exemplo, não me apaixono nunca. E sabe por quê? Por que não suporto essa coisa de apego. Se você se apaixona, você vive aquela pessoa vinte e quatro horas por dia. O senhor acha que eu tenho tempo com esta minha carteira de clientes e com as metas que eles colocam?

Além disso, se você está apaixonado, você acaba sofrendo as dores do outro: a mulher fica com cólicas, você se preocupa, tem que telefonar. E se tiver filhos então? Como é que eu vou conciliar os cuidados com uma criança e meu trabalho, minha pós-graduação, pilates, squash e o happy hour da sexta-feira, que é o único momento da semana em que eu me divirto?

Por isso, quando eu quero ficar com uma garota (veja bem, estou falando só de sexo), passeio pelos bares: elas estão lá, aos montes, ávidas por um encontro. Aí é só dar uma saída, e soltar os bichos. Isso é que é gostoso! Quem ama, tem a ilusão de que um dia vai reproduzir aquela sensação maravilhosa do primeiro encontro. Não vai. Jamais!”

Gente, confesso que fiquei meio jururu, adjetivo que só reforçou minha idade avançada. Não fiz o tal empréstimo, mas saí dali com a sensação de que eu estava bem desatualizado. Aquilo que, antigamente, chamávamos de “canalha” está supernamoda.

Quanto a mim, que ainda sou chegado a um vinil, prefiro mais amar, mesmo sofrendo, mesmo sendo esnobado, ou mesmo, como diz o Frejat, desejando todo dia a mesma mulher. Às vezes, a exceção acontece. Aí, é só beijar na boca!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : frame do filme “Amor sem fim – 2014”

quarta-feira, 17 de junho de 2015

UMA TANAJURA EM MEU TERREIRO


Por incrível que pareça, semanas atrás, fui surpreendido com uma bela TANAJURA passeando em meu terreiro. Pra ser sincero, já havia até me esquecido desses insetos, pois, pelo que parece, estão também entrando em extinção. Pior que, para colaborar ainda mais com esse aparente desequilíbrio ecológico, a coitadinha foi entrar justamente dentro do galinheiro. Aí, meu amigo garnisé, o Pavarote, diante daquele bumbum recheadinho, que possivelmente também não via há tempos, não pensou duas vezes e créu!
                                                                                                                                                              Mas, lembro que era uma festa sairmos pegando tanajura pela rua pra brincar de ventilador. O negócio consistia em fincar um pauzinho em seu bumbum para que assim, batendo asas, provocassem um pequeno ruído, juntamente com um ventinho muito interessante. Sua picada era poderosa e, da mesma forma que as FORMIGAS SAÚVAS, muitas vezes chegavam a sangrar.

Falando em formigas saúvas, mais conhecidas pela meninada do meu tempo por formigas “cabiçudas”, tenho reparado que também se trata de outra espécie bastante sumida, pelo menos nas áreas urbanas. Adorávamos brincar em suas trilhas deixadas na beira da calçada, quase sempre oriundas de algum terreiro ou jardim. Pior que as danadinhas desbastavam um arbusto com tal rapidez, que, se encontrassem uma roseira pela frente, era um deus nos acuda. Cheguei a subir num formigueiro de quase três metros de altura que teria sido encontrado certa vez pela nossa turminha no porão de um casarão abandonado. Era tão alto que, após escalá-lo, alcançávamos o piso de madeira e, por um buraco, adentrávamos pela casa.
                                                         
Tem se tornado também bastante raro depararmos, nos dias de hoje, com as famosas JOANINHAS, os COLÓS, os BESOUROS, as LIBÉLULAS (conhecidas também pela garotada por lava-bunda) e até mesmo os simpáticos VAGALUMES que eram encontrados às centenas voando e piscando pelas ruas. Gostávamos de capturá-los para que assim pudéssemos desenhar e escrever esfregando sua cauda em nossa roupa.

Interessante pensar que, se antes corríamos atrás dos insetos, hoje temos é que correr de  alguns deles. O mosquito da dengue que o diga.

Mas um fato ainda mais preocupante, e que já vem chamando a atenção de pesquisadores e cientistas, é o sumiço das ABELHAS, consideradas indicadores de qualidade ambiental, juntamente com os demais insetos polinizadores.  Ameaças diversas vêm contribuindo para isso e, dentre elas, os desmatamentos e o uso indiscriminado de agrotóxicos. Estudiosos no assunto já vêm, há algum tempo, alertando para esse fenômeno e sobre o prejuízo de uma deficiente polinização, que, segundo eles, muito em breve poderá comprometer, de maneira perigosa, a produção de alimentos.

Sei apenas que, enquanto alguma coisa de muito grave vai acontecendo na natureza, persiste a triste sensação de que, se não abrirmos os olhos e agirmos imediatamente, vamos acabar ficando sozinhos neste planeta. E com fome!

Crônica: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 15 de junho de 2015

BELEZAS DA TERRINHA


CHEGANDO EM SÃO JOÃO.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM SABE ALGUM DETALHE SOBRE ESSA CASA ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - a "histórica" casa na Praça da Bandeira na Matriz, onde o Serjão nasceu, e onde também morou o sr. Wilson Gomes de Azevedo, foi reconhecida por: Sérgio Lima, Eleomar Santos Antunes, Teia Souza Maria Celia, Itamar Bovoy, Helcio Velasco e Dorinha Missiaggia. Mas, a informação atualizada veio mesmo do Marcus Martins e da dona Reneé Cruz: "o proprietário é o sr. Otávio Lourenço, casado com uma prima do Sérgio e moram no Rio".

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LOCAL É ESSE EM SÃO JOÃO ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - O trevo "novo" de São João, pelo bairro José Maria Fam, foi reconhecido por: Nilson Magno Baptista, Marcus Martins, Maninho Sanábio, Itamar Bovoy e Maria da Penha Santiago.

Foto: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 12 de junho de 2015

A NAMORADA, ESSA DANADA!


Em 1970, a namorada era um sonho... bonita, educada, ar angelical. Alguns colegas mais velhos ainda exigiam que ela fosse prendada, que era o nome que davam para as mulheres que iriam se transformar em futuras donas de casa.

Desejar que a namorada fosse gostosona era impensável, pois, naqueles tempos de “casar primeiro”, a última coisa que deveria ser pensada era a questão corporal. Mas aí surgia um grande problema, que, certamente, nossos antepassados não tiveram que enfrentar: como não pensar no corpo da gata com aquelas sainhas tão curtinhas?

Bem, deixemos essa questão aos antropólogos, pois o que interessa aqui é o namoro em si. Namorar, naquele tempo, tinha muito a ver com o amor romântico: todos sabiam que, em algum lugar, havia uma pessoa que, invariavelmente, era do outro sexo (curioso, não?) e cujos atributos físicos e espirituais (outro conceito vintage!) combinavam exatamente com o meu desejo.

Lógico que nos ferrávamos todos, pois tal ser não existe! Aí, nos dividíamos em dois grupos: o dos bocós que, assim como eu, esperavam e analisavam (de longe) todas as meninas, esperando um dia encontrar a certa. E o outro grupo, mais pragmático e moderno, que filosofava assim: enquanto não acho a certa, vou me divertindo com as erradas.

Porém, essa diversão com as meninas erradas compreendia namoros, de mãos dadas, que duravam alguns meses, às vezes anos. Bem diferente da “ficada” de hoje, onde, numa mesma noite, uma moça, com uma boa pasta de dentes na bolsa, pode ficar com até vinte caras. Ou seja, namorar, nos dias atuais, leciona o meu sobrinho de dezessete anos, é quando a gente fica mais de três vezes e, logicamente, após publicar aquele lance de “num relacionamento sério” no Facebook.

De qualquer maneira, namorar, tanto antigamente como nos dias atuais, ainda continua sendo uma das melhores coisas do mundo. Apaixonados, esquecemos do tempo, de nós mesmos, do cartão na máquina, do guarda-chuva no ônibus. E sorrimos. Mesmo achando que a vida não é bela, e que ninguém é perfeito, exceto ela... a namorada.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 10 de junho de 2015

SOMBRAS QUE SE VÃO


Sem deixar de observar os demais e ricos detalhes dessa foto, dentre eles a imagem de pessoas ilustres e inesquecíveis de nossa terra, fiquei encantado com a beleza daquela ÁRVORE, ali no centro da antiga Praça Carlos Alves. Imaginei o possível refrigério de sua imensa COPA e do ACONCHEGO do lugar.

Aí tornei a me lembrar das CASTANHEIRAS e do COQUEIRO IMPERIAL, também na mesma praça, do majestoso FICUS que reinou soberano por vários anos frente ao clube Democráticos, do lindo FLAMBOYANT na Praça dos Expedicionários, daquela que ficava frente minha janela, da outra que existia ali, daquela outra na rua acolá e por aí vai...

É o aquecimento global nos sendo eternamente grato, enquanto nosso verde sutilmente vai indo embora, sem nenhuma reposição.

Crônica: Serjão Missiaggia
Fotos    : disponíveis no Facebook 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

BELEZAS DA TERRINHA


BELOS EXEMPLOS DA ARQUITETURA SANJOANENSE.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM CONSEGUE IDENTIFICAR ESSA CASA ATRÁS DO ARVOREDO ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - Jorge Vítor Honório foi o primeiro a acertar: "essa casa fica situada na praça da Matriz, e pertenceu ao sr. Sebastião Cândido e dona Nenem". Também acertaram: Luiz Carlos Moura, Margot Freitas Santos, Camilo Pontes (que disse ser a casa do seu amigo Ronan, filho do casal citado), Maria da Penha Santiago, Afonso Arvellos (que se lembrou do jeep verde e do cachorro), Marcelo Oliveira, Rita Gouvêa Knop, Graça Lima e Rita Nascimento.

A melhor descrição veio do Marcus Martins, uma verdadeira foto em palavras: " Para todos os moradores da Matriz, essa é a conhecida casa do Sr. Sebastião Cândido, a quem chamávamos de Sr. Candinho, com essa destacada rampa íngreme à frente. Sr. Candinho era figura folclórica no bairro, sempre na companhia do fiel escudeiro poodle gigante, Toquito, a pé ou no jeep. Quanto já estava com a idade avançada, e ainda dirigindo, morríamos de medo ao ver ele descendo com o jeep de ré aquela rampa. a mesma rampa que a gente costumava usar para descer de carrinho de rolimã, morrendo de medo de levar tiro de sal do Sr. cadinho. Não sei de ninguém que levou, mas a lenda era forte. Tudo isso num tempo em que a infância era praticada todos os dias com brincadeiras de ruas e com pessoas reais.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


ONDE FICA ESSA PAISAGEM ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - acertou quem disse "fazenda do sr. Afrânio Furtado, na subida da torre": Afonso Arvellos, João Carlos Rabello e  Alex Geraldi.

Foto: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 5 de junho de 2015

EU QUERO SER RICO!


Aos domingos, logo pela manhã, escutávamos o sermão da montanha. Não, não somos tão velhos assim, embora alguns colegas afirmem que o Nilson Baptista era primo em primeiro grau do João Batista, aquele!

Meninos, não conseguíamos tirar os olhos do padre Oswaldo que explicava toda aquela coisa de ser humilde e ir para o céu. Descíamos o Largo da Matriz ali pelo lado da casa dos Pulier, e gritávamos uns para os outros:
- Eu sou mais humilde que você!
- Não, eu é que sou!
E assim, naquela algazarra infantil, deixávamos felizes os nossos pais, quando, na verdade, tratava-se de uma corrida para o céu.

O tempo passou, deixamos de acreditar no céu, e, após um breve período acreditando em discos voadores, passamos a acreditar em médicos (algumas meninas, nossas ex-coleguinhas, em cremes rejuvenescedores).

Uma coisa, no entanto, ainda não me sai da cabeça, e acho que também de muitos dos meus contemporâneos, que é a história dos humildes herdarem a terra como herança. Isso fez um estrago danado conosco, pois, pensando que ser humilde é mesma coisa que ser modesto, passamos a adotar uma postura de ter vergonha de nos destacar, ou de mostrar os próprios talentos.

Imaginem o Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro, voltando para a sua Bauru e, ao ser questionado sobre o seu feito histórico, respondesse:
- Foi nada não, gente, só uma viagenzinha ali mesmo.

Ser rico, então, dentro da mesma lógica, seria o pior dos sofrimentos. Acho que é reflexo daquela história do camelo passar no fundo de uma agulha, uma coisa meio psicodélica. Tanto que, quando o bilionário (agora apenas milionário) Eike Batista começou sua queda, muita gente comemorou, dizendo:
- Agora, ele vai se transformar numa pessoa melhor. Santa inveja!

O fato é que o ensinamento cristão tem muitas riquezas, isso eu não louco de negar. No entanto, a interpretação literal, quase psicótica, dos conteúdos bíblicos podem muitas vezes causar sérios problemas, quando confrontados com a realidade do mundo atual.

E isso vale para todo o tipo de fundamentalismo. Seja o que critica as pessoas por praticarem atos diferentes daqueles catalogados por seus livros “sagrados”, seja o que faz as pessoas crerem que são indignas, insuficientes e pecadoras.

Se há um deus, ele é pai, ou mãe, e, se assim for, faço questão de ser rico, e mostrar a minha riqueza: “mente quieta, espinha ereta e coração tranquilo”. Palavras salvadoras de Walter Franco.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 3 de junho de 2015

UM MOMENTO ESQUECIDO NO TEMPO


Pegando uma carona na aproximação do 10º Nepopó Festivao (que acontecerá de 4 a 7 de junho), e por ter acompanhado, na Semana Santa, a bela encenação da morte de Jesus Cristo, pelo grupo de teatro Novos Horizontes, comandado por nosso amigo Ney Fabiano de Morais e sua equipe, lembrei-me de outro fenômeno teatral que, mesmo genuinamente sanjoanense e de beleza rara, acabou esquecido no tempo.

Estou me referindo à peça de teatro DONA XEPA, que aconteceu em 1968, logo após a não menos sensacional apresentação de PLUFT O FANTASMINHA, também encenada pela mesma trupe. Foram momentos de pura magia e emoção, que ficarão guardados para sempre em nossas memórias. Não tenho duvida de ter sido aí o nascimento dessa FORTE VOCAÇÃO teatral que tem hoje nossa cidade.

Assim me narrou o cunhado Hélcio Velasco por e-mail:

“Lembro-me de que, na época, eu estava no Tiro de Guerra, e, nos dias que antecederam a estreia, nós havíamos feito faixas e pintado as ruas de propaganda da peça. Descendo do Estande de Tiros no jipe do Sargento, ele comentou:
- Essa tal de dona Xepa nem chegou à cidade e já tá emporcalhando as ruas. O que vai ser quando ela chegar?
As propagandas eram algo mais ou menos assim: ‘DONA XEPA VEM AI’ ‘ELA ESTÁ CHEGANDO! AGUARDEM!’
O Sargento não sabia que se tratava de peça de teatro. Depois que estreou, ele chegou pra mim e cobrou de não ter lhe falado que trabalhava na peça, e que eu o havia deixado passar por ‘idiota’. Naquele dia, o jipe tava cheio de ’Cabos’. Todo mundo segurou o riso e ninguém dedurou. Curtimos muito com a cara dele, como desforra do que ele fazia com a gente. KKKK”

Dona Xepa, peça de Pedro Bloch, uma comédia dividida em três atos, teve como produtor Ramon Ferreira e Terezinha. Direção de Dona Glorinha Torres tendo, na cenografia, Elano Pinto e Aparecida. A sonoplastia ficou a cargo de Goinha (naquele tempo era um pequeno aparelho de som), e quem escolheu as músicas foi a própria Dona Glorinha Torres que, por sinal, ajudava em todos os ensaios.
Ramon escreveu a Pedro Bloch pedindo licença dos direitos autorais. Foram feitas três apresentações no antigo Cine Rádio, assistidas por, aproximadamente 2.000 pessoas.

- Dona Xepa: mulher do povo, 50 anos e magnificamente interpretado por Maria das Graças Missiaggia (Mika);
- Rosália, filha de dona Xepa e namorada de Manfredo, interpretada por Maria Helena Gomes;
- Edson, filho da dona Xepa, 26 anos: Hélcio Velasco;
- Hilda, vizinha e namorada de Edson, 20 anos: Ana Maria Martins;
- Ângelo Fragalanza, um velho italiano, vizinho de Xepa, foi interpretado por um seminarista que estava em São João na época, e que acompanhava o grupo de jovens da Igreja Matriz, de nome Guimarães;
- Guiomar, uma pequena menina que entrava toda hora na casa de dona Xepa e pedia para telefonar, foi interpretada pela saudosa Selminha Sarmento Verardo;
- Camila, amiga de Xepa, melhor dizendo, sombra e eco, idade indefinida: Terezinha; 
- José, filho de Ângelo Fragalanza. 27 anos: Zé Heleno Barroso;
- Professor, um velhinho especializado em física, 60 anos: Jorge Laurindo;
- Manfredo, namorado de Rosália, diplomata em início de carreira, 32 anos, interpretado por Ramon.
Interessante lembrar que, na época, Pedro Bloch enviou um livro autografado para o Ramon.

Então, já que o assunto hoje é teatro, irei parodiar meus amigos Everson Resende e Márcio Sabones, conclamando todos vocês a prestigiarem este grande evento cultural na arte de representar: o 10º NEPOPÓ FESTIVAO, que acontecerá na terrinha nos dias 4 a 7 de junho, no Centro Cultural.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : acervo do autor

segunda-feira, 1 de junho de 2015

BELEZAS DA TERRINHA



BORA LÁ SUBIR O SÃO JOSÉ!

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM CONHECE ALGUMA HISTÓRIA SOBRE ESSA BELA CASA ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - Lilian Loures, Rita Gouvea Knop e Graça Lima reconheceram o casarão onde funciona o CCAA. Mas, continuamos aguardando mais informações sobre a história da casa. Alguém se lembra ???

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


DIGAM AÍ: QUE LUGAR É ESSE ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA: Lucimar Soares de Mendonça, Maninho Sanábio, Nilson Magno Baptista, Maria Graças F. Ribeiro e Rita Gouvêa Knop. Todos reconheceram o glorioso Aeroclube de São João Nepomuceno que, no "nosso tempo", chamávamos de Campo de Aviação. O Maninho chegou até a visualizar o registro da aeronave que estava pousando: segundo ele, PT-WSG. Como os antipetistas não se manifestaram, achamos que ele acertou mesmo!

Foto: Serjão Missiaggia

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL